Acordei hoje com a ideia de como seria uma carta de amor de um psicanalista para outro, e achei que fosse mais ou menos assim:
Oi, suposto ser dotado de falo,
Como é bom estar junto com você nessa caminhada, encobrindo a não-existência da relação sexual, na busca do objeto perdido, sublimando nossas pulsões.
... Como é prazeroso fantasiar sobre o que você não é, e dar o que não tenho. Sendo assim, o que te ofereço são meus semblantes, meu desejo, que por ser desejo já implica falta.
Quero ficar contigo até o momento que nossas pulsões de morte nos conduzirem a satisfação da primeira mamada. Que o mal-entendido de nossa linguagem não faça ruir a fantasia do nosso "amor".
Um beijo, cheio de pulsão oral, da sua romântica em crise, na época em que o Outro não existe.
Por: Thereza Cristina
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