A estrutura do ter ou ser ou não o falo repercute, segundo Miller (2003), no nível do objeto, ou seja, na forma com que cada um dos seres sexuados se impõe a seu parceiro. Do lado do homem, o objeto toma a forma do fetiche; e do lado feminino, o objeto surge como suporte do amor ilimitado, é o objeto erotomaníaco. A mulher tem acesso na parceria amorosa “tanto ao significante fálico que o homem pode encarnar para ela como ao significante do Outro, do Outro que não existe ao nível do gozo” (André, 1998, p. 222). Diante disso, a perda
do amor equivale para uma mulher a uma vivência da castração. O amor e a devastação guardam uma relação estreita, pois ambos estão no registro do sem limite, na falta de significante no Outro – “o que é indicado aí por Lacan é que, no macho, o desejo passa pelo gozo, quer dizer, requer o mais de gozar, enquanto na mulher, o desejo passa pelo amor” (Miller, 2003, p. 18).
Aline Miranda da Silva. A devastação e o feminino.
O homem para uma mulher
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
às
08:08
Algumas mulheres,
Amor,
Devastação,
Homens
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